Conheça a História do Vinho
Na realidade, os primórdios da História do Vinho é muito imprecisa e é improvável que se saiba a sua origem pois ao longo dos anosmuitas lendas foram criadas, impossibilitando o estudo de uma realidade específica.
Esta bebida possui uma longínqua importância história e religiosa que remonta a diversos períodos dos nossos antepassados e cada cultura, hoje em dia, olha para o vinho de maneira diferente.
Do ponto de vista histórico, a sua origem do vinho é imprecisa e muitos afirmam que este nasceu por acaso – talvez devido a um punhado de uvas amassadas esquecidas num recipiente onde posteriormente sofreram o efeito da fermentação, no entanto, o cultivo das videiras só foi possível quando os nómadas se tornaram sedentários.
Referências indicam a Geórgia como o primeiro país a produzir vinho pela primeira vez – mais especificamente a região do Cáucaso – sendo que foram encontradas neste local graínhas datadas 8 000 a.c e 5 000 a.c, apesar das primeiras prensas e outros equipamentos vitivinícolas datarem 4 000 a.c, na Arménia.
Se optarmos pelo ponto de vista religioso, muitos cristãos acreditam que foi Noé que criou o vinho. Aquando a sua chegada ao Monte Ararat (atual Turquia), Noé planta uma videira e com as frutas da mesma, produz o vinho.
Os anos passaram e as civilizações do Velho Mundo foram evoluindo as suas técnicas, descobrindo novas formas de produzir esta bebidas dos deuses.
É então que nasce o primeiro concurso de vinhos de que há registo. Em 1220, o “primeiro concurso internacional de vinhos” advém de uma curiosidade do rei Filipe Augusto, de França, em saber qual o melhor vinho do mundo. Este elegeu o vinho do Chipe – provavelmente o Commandaria.
Séculos mais tarde, foi com os descobrimentos que, em 1550, as vinhas – exportadas do Velho Mundo – chegam ao Novo Mundo. Os colonizadores espanhóis e portugueses começaram a trazer consigo das videiras e as vinhas pois o vinho não conseguia aguentar uma viagem tão longa – vindo da Metrópole – como da Europa para a América.
Posto isto, Hernán Cortés solicitou que os donos das terras no México plantassem essas mesmas videiras. Durante anos foi assim que abasteceram as colónias espanholas.
E, apesar das primeiras garrafas de vinho de vidro serem bastantes antigas foi apenas com a Revolução Industrial que se sentiu a necessidade de evoluir e assim surgiram as primeiras produções em série com qualidade e baratas o suficiente para transformar a indústria do vinho.
Curiosiadade: Acredita-se que o inventor da garrafa de vidro cilíndrica, como a conhecemos hoje, terá sido Kenelm Digby, por volta de 1630.
Por volta de 1650, por puro acidente, acredita-se que foi o início da criação da casta Cabernet-Sauvignon, a rainha das uvas. Foi em ameados do século XVII que, devido a um cruzamento entre Cabernet Franc e Sauvignon Branc, que foi criada esta casta.
Nesta altura, as garrafas de vinhos já eram produzias em série e já se sabia que a rolha de cortiça era a melhor forma de vedar este produto, no entanto, a maneira de as tirar ainda era rudimentar. Antes de existir saca-rolhas a cortiça não era inserida na sua totalidade para possibilitar a sua remoção. É então em 1681 que é criado um “parafuso de aço para retirar rolhas”, mais tarde originando o saca-rolhas.
Anos mais tarde, o vinho e as vinhas foram igualmente importantes para Portugal. Em 1755 um terramoto destruiu Lisboa por completo e foi graças a Marquês de Pombal que o país se reergueu. Para ajudar a financiar estes custos, ele criou algumas empresas de comércio entre elas A Companhia dos Vinhos do Douro e estabelecendo assim o que os portugueses dizem ser a primeira região demarcada do mundo.
Pois bem, cerca de 50 anos depois – em 1801 -, surge então a Chaptalização. Com o primeiro tratado moderno sobre vitivinicultura, o processo de adição de açúcar ao mosto para aumentar o teor alcoólico ao vinho faz-se surgir.
Ainda no mesmo século, em 1844, em Portugal surge um nome muito importante para o mundo vinícola. D. Antónia Adelaide Ferreira, conhecida como A Ferreirinha, depois de ficar viúva investe nas suas propriedades no Douro, em Portugal. Foi criando o seu império mas, a cima de tudo, ajudou no desenvolvimento da região do Douro.
Os anos passaram e, durante mais de um século muitas foram as regiões por todo o mundo que se foram formando, assim como a criação de vinhos esplêndidos. Além disso, a evolução dos tempos trouxe outras ferramentas da produção do vinho, tornando-se assim ainda mais fácil produzir em grandes escalas.
Com a grande evolução e expansão do vinho do mundo a acontecer, surge então uma das maiores crises para este setor. A Segunda Guerra Mundial, de 1939 a 1945. Especialmente na Europa, as vinhas de múltiplos produtores ficaram desvastadas pela guerra colmatando em menos produção e safras medíocres.
Porém, como tudo, a economia tem altos e baixos e, em 1956 surge o bag-in-box, revolucionando o setor vinícola. Os primeiros sistemas foram criados por William Scholle em 1955 e patenteados no ano seguinte. Inicialmente, era usado para transportar ácidos de bateria até que em 1960 foi adaptado para o transporte de vinhos.
Até aos dias de hoje o setor vitivinícola nunca parou de crescer e é o que se demonstra hoje. Forte e de referências com altíssima qualidade.
Os vinhos sofrem cada vez mais com a alta concorrência, os concursos são cada vez mais e mais exigentes, as regiões pelo mundo são vastas (cada uma com as suas características) e, por isso, podemos dizer que todas as evoluções desde o início da criação do vinho foram importantes para dar a esta bebida o destaque que merece hoje em dia.
Nós não dispensamos uma garrafinha de vinho ao jantar, e você?
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Breves Curiosidades:
- Em 1381 já Portugal exportava vinho para Inglaterra;
- Foi em 1703 que começou a surgiu a fama do Vinho do Porto com o Tratado de Methwen (benéfico para taxas aduaneiras);
- Os vinhos da Bairrada ganham destaque no reinado de D. Maria I, iniciando-se assim uma grande exportação para a Europa;
- Foi nas Invações Francesas que o Vinho de Bucelas ganha destaque, especialmente para a corte inglesa. Por Shakespeare, era conhecido como “Lisbon Hock”;
- O vinho da Madeira foi rival do Vinho do Porto, por volta de 1800, pois era considerado um dos vinhos de maior requinte nas cortes europeiras, tendo chegado mesmo a ser usado como perfume para os lenços das damas;
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